Eleitas pelo badalado jornal Advertising Age, aqui estão as melhores capas de revistas e jornais norte-americanos de 2010!
1º) ELLE (Janeiro: Lady Gaga)
Pensar em publicar uma capa com Lady Gaga pode parecer fácil, dada a sua relevância e fama mundial atual. Mas o potencial que ela oferece e, claro, o excesso de “capas Gaga” concorrentes nas bancas provavelmente a tornam mais difícil que a maioria. Embora a edição de banca da Elle mostrasse uma Gaga tão “normalizada” que ela poderia ter sido qualquer pessoa, esta versão em preto e branco, só para assinantes, insinua todos os matizes da personalidade coloridíssima da estrela pop.
O editor Marc Ambinder descreveu a própria luta contra o peso para falar sobre a América, onde, segundo ele, quatro em cada dez pessoas podem ser obesas em 2015, e o aumento de doenças crônicas subirá os custos dos cuidados com saúde. A ilustração de Alex Ostroy, que mostra uma Estátua da Liberdade, é um pouco desconfortável, muito direta e totalmente eficaz.
Muito inteligente e visualmente elegante usar como inspiração o artista M.C. Escher nesta capa sobre o vazamento de petróleo no Golfo do México. A ilustração de Bob Staake mostra a ligação entre o oceano e a extensão do ecossistema que depende de sua saúde.
Aqui está uma página de jornal que superou muitas capas de revista deste ano, invocando a clássica estética de George Lois da era Esquire para registrar o adeus de um LeBron James irritado com o seu fracasso em conseguir o título da NBA para o time do Cleveland Cavaliers.
Uma técnica simples, mas surpreendentemente bem-sucedida para comunicar que James Franco – ator, artista conceitual e estudante de graduação – é estranho e engraçado: colocar sua foto deitada, de lado.
A imagem é dura o suficiente para fazer você se perguntar se ela explora seu personagem, seus leitores, ou ambos. Mas o retrato – de uma mulher afegã de 18 anos de idade que foi condenada a ter seu nariz e orelhas cortadas depois que fugiu da família de seu marido abusivo – reflete uma realidade que é dura. “Eu preferi enfrentar os leitores e mostrar o tratamento que o Taliban dá às mulheres do que ignorá-lo,” escreveu no editorial o editor Rick Stengel.
Aqui, mais uma exibição de grande design gráfico que se tornou uma agradável rotina nas capas da Bloomberg Businessweek. Uma alegoria sobre o pacote de cobertura do governo Obama em cortes de impostos da era George W. Bush. Quando se consegue ser engraçado e visualmente interessante sobre um tema como política fiscal, pode-se ter certeza que se está fazendo a coisa certa.
Uma única e triste imagem na capa do especial da The New Yorker, o Money Issue, mostra um casal refletindo sobre suas contas, enquanto sua filha brinca com dinheiro de mentirinha no chão. O gibi com a história ilustrada por Chris Ware, que mostra um retrato convincente deste momento da economia norte-americana, continua em encarte desdobrável duplo no interior da revista.
A revista recebeu muitas críticas por usar a imagem de um colo anônimo com a chamada de capa “100% Natural” para anunciar a descoberta de uma nova técnica em engenharia para refazer os tecidos da mama. Seria tão difícil para a Wired colocar simplesmente uma mulher na capa para mostrar a eficiência do novo método, sua tecnologia ou negócio? Claro que não. Mas foi o olhar da arte que ilustrou perfeitamente o que se imagina ou o que se almeja que a reparação de mama com células-tronco possa fazer na reposição, na melhora e na reconstrução de órgãos danificados. Ao mesmo tempo, o diálogo que se estabeleceu entre a revista e os seus críticos foi um bônus positivo.
É uma capa marcante – como a capa de Elle Gaga de janeiro, é uma edição só para assinantes, o que significa não ter do que reclamar de todas as chamadas (abaixo) que uma edição em banca necessita –, inspirada em uma capa ícone da Vogue America de 1950, um close-up da modelo Jean Patchett. Não há como saber se os lábios de Katy Perry, incrustados com 150 cristais vermelhos Swarovski irão se tornar um clássico – apesar de alguns vips e celebridades fashion receberem edições com cristais de verdade -, mas eles são uma maneira festiva de iluminar uma capa de dezembro.
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